Uma lenda que remonta ao século XIII
A história de Tristão e Isolda percorreu a Europa inteira. Trata-se de uma história de amor tão perfeita que jamais poderá ser esquecida. Tristão era um cavaleiro valente e virtuoso, um homem hábil na arte das armas, mas também da poesia e da música, e sobrinho do Rei Marcos. O rei queria casar-se para manter a continuidade à sua linhagem e Tristão prometeu trazer a mais bela das donzelas. Certa manha duas andorinhas trouxeram até à janela do rei uma madeixa de cabelos dourados. O rei exigiu casar-se com a dona daqueles cabelos. Tristão investigou e verificou que se tratava de Isolda. Viajou da Cornualha até à Irlanda onde, por ter derrotado um temível dragão, teve como recompensa por parte do rei a entrega da sua filha: Isolda.
Antes de deixarem a Irlanda, a mãe de Isolda entregou à filha um poção, o elixir do Amor. Obrigada a casar com um homem que não amava, Isolda teria assim um casamento com o rei cheio de amor.
Mas algo de terrivel aconteceu. Durante a travessia, Tristão e Isolda resolveram beber um copo de vinho. Pediram a Brangânia, a aida de Isolda, que lhes servisse 2 copos de vinho, mas esta, por descuido, pegou no frasco errado e deu-lhes a beber...o exilir do amor. O amor eterno inundou-os. Em direcção a Cornualha, Tristão e Isolda ficaram aprisionados num amor mágico e perfeito. Isolda casou com o rei Marcos, mas todas as noites, Isolda escapava-se para amar Tristão em segredo. Alguém consegue imaginar maior traição? Após um infinidade de venturas, desventuras, viagens e duelos, Tristão foi finalmente ferido por uma espada por causa do seu amor por Isolda. Morreu nos seus braços, depois de pronunciar o seu nome 4 vezes. Vendo-o morrer, Isolda não conseguiu suportar a perda do ser amado. O amor eterno de Isolda encarnava em Tristão e, assim, também ela morreu, de tristeza e melancolia, com o cavaleiro morto ainda nos braços. Amor e morte num mesmo destino. Os cadáveres de ambos foram enterrados lado a lado e das suas sepulturas brotaram duas plantas: uma haste de videira e uma de roseira. E, ao passo que cresciam, entrelaçavam-se , e dizem que não houve homem ou mulher capaz de cortar aqueles ramos, sem que de novo voltassem a crescer e enredar-se. O Amor de Tristão e Isolda era eterno, um amor nascido de um preparado mágico e tornado sobrenatural.
Serviu esta lenda para uma aula de cultura musical com uma turma do 4ºano.
A compositor escolhido foi, dada a lenda, o romântico Richard Wagner!
"Canção de Amor e Morte - Acto III", foi a música escolhida para uma análise à instrumentação orquestral.
Depois de ouvirem a lenda, os alunos mostraram-se muito mais receptiveis à audição e comentários à obra.
Uma aula interessante e diferente!
Da próxima vez pego no " Senhor dos Aneis"....Sim, porque outra obra deste compositor é "O Anel dos Nibelungos"!!!
Há que experimentar.